Todos os pertences já estavam encaixotados.
Os planos para aquela mudança já estavam traçados há muito tempo
Finalmente o esperado dia de ir morar num imóvel próprio tinha chegado!
O relógio do celular marcava 6h da manhã!
Um alarme nervoso e enjoado avisava que era chegada a hora de pular da cama e começar a enfrentar um cansativo dia.
O primeiro desafio era retirar as luminárias e um ventilador de teto.
Por absoluta falta de habilidade e conhecimento, decidi contratar um eletricista para esta tarefa.
Agendei para que ele começasse pontualmente às 6:15 da manhã – afinal de contas, o caminhão da mudança chegaria cerca de uma hora depois.
Como disse na primeira linha, tudo já estava encaixotado...
Ou melhor – quase tudo!
Minha mulher tinha separado apenas dois pães, uma maçã, um pote de iogurte e uma pequena quantidade de leite numa caixinha tipo longa vida.
Só o essencial para um café da manhã rápido e descomplicado, sem dar muito trabalho.
Às 6:10h a campainha tocou!
Estava terminando de escovar os dentes.
Apressei-me para atender a porta
Quem estava lá era um sujeito baixinho, calvo de seus cinqüenta e poucos anos
Camisa aberta até quase o umbigo, equilibrando um cigarro no canto da boca...
Mostrei as luminárias e entreguei-lhe a escada para que ele começasse imediatamente.
Para ganhar tempo, eu e minha esposa fomos tomar café da manhã, enquanto o eletricista fazia seu serviço e aguardávamos a chegada do caminhão de mudanças.
Dei uma mordida farta na maçã verde e fiquei curtindo o sabor ácido tomar conta da minha boca...
De repente veio uma lembrança.
“Puxa vida, temos uma pessoa de fora aqui em casa e nem ao menos o convidei a tomar café conosco. Quanta falta de hospitalidade!”
Minha esposa alertou que a quantidade de comida era muito limitada...
Mas eu disse a ela que era só um convite retórico, por educação – daqueles que a pessoa costuma agradecer a gentileza e não aceita.
Levantei-me resoluto e disparei da porta do quarto em que o eletricista estava:
“Amigo, aceita tomar café da manhã conosco?”
A resposta veio rápida como um raio:
“Aceito. Vou só concluir esta!”
Voltei para a mesa meio desnorteado e encontrei minha mulher com um sorriso irônico dizendo:
“O problema é todo seu. Não tenho nada a ver com isso”
Tive que ir até a padaria mais próxima comprar pão e leite.
Foi preciso desencaixotar açúcar, margarina talheres e louça extras.
Resultado: o caminhão da mudança chegou...
Nós ainda estávamos à mesa...
O motorista e três ajudantes desceram e começaram a carregar as primeiras caixas.
Tive vontade de chamá-los a tomar café conosco através de um convite retórico.
Mas, devido ao risco de ter que voltar à padaria e ao fato dos caras ignorarem o significado de convite retórico resolvi não falar nada e oferecer apenas água meia hora depois.
Eles aceitaram prontamente e consumiram quase dois litros!!!
Os planos para aquela mudança já estavam traçados há muito tempo
Finalmente o esperado dia de ir morar num imóvel próprio tinha chegado!
O relógio do celular marcava 6h da manhã!
Um alarme nervoso e enjoado avisava que era chegada a hora de pular da cama e começar a enfrentar um cansativo dia.
O primeiro desafio era retirar as luminárias e um ventilador de teto.
Por absoluta falta de habilidade e conhecimento, decidi contratar um eletricista para esta tarefa.
Agendei para que ele começasse pontualmente às 6:15 da manhã – afinal de contas, o caminhão da mudança chegaria cerca de uma hora depois.
Como disse na primeira linha, tudo já estava encaixotado...
Ou melhor – quase tudo!
Minha mulher tinha separado apenas dois pães, uma maçã, um pote de iogurte e uma pequena quantidade de leite numa caixinha tipo longa vida.
Só o essencial para um café da manhã rápido e descomplicado, sem dar muito trabalho.
Às 6:10h a campainha tocou!
Estava terminando de escovar os dentes.
Apressei-me para atender a porta
Quem estava lá era um sujeito baixinho, calvo de seus cinqüenta e poucos anos
Camisa aberta até quase o umbigo, equilibrando um cigarro no canto da boca...
Mostrei as luminárias e entreguei-lhe a escada para que ele começasse imediatamente.
Para ganhar tempo, eu e minha esposa fomos tomar café da manhã, enquanto o eletricista fazia seu serviço e aguardávamos a chegada do caminhão de mudanças.
Dei uma mordida farta na maçã verde e fiquei curtindo o sabor ácido tomar conta da minha boca...
De repente veio uma lembrança.
“Puxa vida, temos uma pessoa de fora aqui em casa e nem ao menos o convidei a tomar café conosco. Quanta falta de hospitalidade!”
Minha esposa alertou que a quantidade de comida era muito limitada...
Mas eu disse a ela que era só um convite retórico, por educação – daqueles que a pessoa costuma agradecer a gentileza e não aceita.
Levantei-me resoluto e disparei da porta do quarto em que o eletricista estava:
“Amigo, aceita tomar café da manhã conosco?”
A resposta veio rápida como um raio:
“Aceito. Vou só concluir esta!”
Voltei para a mesa meio desnorteado e encontrei minha mulher com um sorriso irônico dizendo:
“O problema é todo seu. Não tenho nada a ver com isso”
Tive que ir até a padaria mais próxima comprar pão e leite.
Foi preciso desencaixotar açúcar, margarina talheres e louça extras.
Resultado: o caminhão da mudança chegou...
Nós ainda estávamos à mesa...
O motorista e três ajudantes desceram e começaram a carregar as primeiras caixas.
Tive vontade de chamá-los a tomar café conosco através de um convite retórico.
Mas, devido ao risco de ter que voltar à padaria e ao fato dos caras ignorarem o significado de convite retórico resolvi não falar nada e oferecer apenas água meia hora depois.
Eles aceitaram prontamente e consumiram quase dois litros!!!
