Todo mundo que vive em Natal já deve ter se deparado várias vezes com uma cena patética: jovens de classe média (alta) lambuzados dos pés à cadeça - alguns descalços e sem camisa, pedindo esmolas num sinal de trânsito. Confesso que nunca dei atenção a esse tipo de babaquice... Entretanto, a coisa já passou dos limites. Enquanto os "calouros" são obrigados a brincar de pobre por um dia, os veteranos ficam enchendo a cara e a paciência de todos com um som de péssimo gosto, num volume de fazer inveja a muitos carros de som...
Parece que à medida que o tempo passa, não estamos evoluindo e sim ficando cada vez mais medíocres. O que eles pensam que são? Somos um país que tem uma imensa população miserável. Esse tipo de trote é simplesmente um insulto à dignidade de cidadãos brasileiros que vivem abaixo da linha de pobreza. Que tal levar estes filhinhos e filhinhas de papai para passar uma semana vivendo numa favela? Ou comendo o que muitos miseráveis comem? Onde estão as autoridades municipais, os pais e professores dessa gente imbecil? Talvez muito "ocupados" para se dar conta do tipo de cidadãos que eles pariram para nossa ridícula e podre "alta" sociedade.
4 comentários:
Sempre gostei das suas palestras em sala de aula, mas é incrível como você consegue se superar.Essa crítica em relação ao trote, esta perfeita. Parabéns!Wisla Karla
Não fiquei feliz com esse seu comentário, realmente, ninguém para pra pensar que essa atitude pode ser um insulto à classe miserável, ou qualquer coisa. E que esses carros que deixam o som às alturas também são muito incômodos. Mas acho que você esqueceu de comentar que esse trote, independente da forma como ele é planejado é como se fosse uma dinâmica de integração. Nem todos os que fazem parte disso são filhinhos de papai ou gente imbecil, e antes de ser aplicado esse trote onde "se brinca de pobre por um dia" nós realizamos o trote cidadão, onde arrecadamos alimentos, roupas, binquedos, exatamente para fazer caridade. Pra mim o ato de ir às ruas e pedir dinheiro é só uma maneira de arrecadar fundos para confraternizar, afinal trote que eu saiba é aplicado apenas, aqui em Natal, na UFRN e no CEFET, redes de ensino público que apesar de poucos, abriga grande parte da classe "miserável" de Natal, que não tem cndições de "ajudar" com 10, 20 reais para realizar uma festa. Acho que quem não devia brincar de pobre e ficar roubando o dinheiro dessa gente é o Governo, que aje descaradamente e engolimos a seco, essa situação!!!
Não quero mudar sua opinião, afinal ela é sua, e eu a respeito, só estou expressando a minha opinião, afinal quando eu fui caloura eu participei do trote.
Flávio foi feliz em seu post. O trote praticado pelos veteranos da UFRN é ridículo. Fui calouro da UFRN, da qual me orgulho muito, e hoje sou veterano. Como calouro não participei e como veterano não participo. Por um motivo muito simples: existem formas melhores de se integrar um calouro á comunidade acadêmica, isso sem falar no ridículo que se passa.
Não vejo nas ruas, calouros da UNP, FAL, FARN ou do CEFET-RN pedindo esmolas...
Não é a toa que eu sou seu fã Flávio, você conseguiu transferir para este texto todo o meu sentimento sobre essa palhaçada.
Parabéns!
Adeilson Wagn.
Postar um comentário