
(a) Os motoristas de táxis
(b) Os motoristas de ônibus
(c) Os motoristas de vans (alternativos)
(d) Os motoboys
(e) Os motoristas de carros chapa-branca
(f) Os amarelinhos (STTU)
(g) Todos os "profissionais" (?!) acima




São justamente estes últimos que têm invadido os canteiros da cidade ultimamente. Datas como Natal, Ano Novo, Páscoa, Dia das Crianças são as preferidas por eles. São famílias inteiras submetidas a condições degradantes para a dignidade humana. Confesso que idosos e crianças me comovem muito. São párias que a sociedade finge não ver? Ou seriam vigaristas profissionais prontos a explorar a boa fé dos motoristas? Já ouvi amigos dizerem que não perdem a chance de dar uns trocados, roupas, comida etc. Outros dizem que quanto mais ajudamos, mais contriuímos para a perpetuação da miséria e da mendicância. Onde estão os órgãos de assistência social e geração de emprego e renda do poder público? De férias de final de ano? Perdidos na burocracia? Anestesiados pela rotina? Sabe Deus... Apesar de considerar essa situação absurda, procuro ajudar de vez em quando. "Para onde vai esse dinheiro?" Infelizmente nunca consegui rastrear o destino daqueles cinquenta centavos... Entretanto, considero a decisão de dar ou não esmolas muito pessoal. A aprovação ou desaprovação deste ato deve vir de nossas próprias mentes e corações.




Faleceu dia 11 de novembro, aos 95 anos, Peter Drucker - um dos maiores gurus mundiais da ciência administrativa. Cresci na carreira aprendendo desde cedo a admirar a obra deste austríaco radicado nos Estados Unidos. A chamada Teoria Neoclássica da Administração, o MBO - Management by Objectives, a administração empreendedora e, mais recentemente, as organizações do terceiro setor, foram fortemente influenciados pelas lúcidas e inteligentes idéias de Drucker através de suas prestigiadas conferências, seus mais de 30 livros e inúmeros artigos. Espero que seus ensinamentos continuem vivos nas escolas de administração e que saibamos discernir entre pensadores sérios e consistentes como Drucker e meros aventureiros de ocasião.


Hoje é o dia dedicado à bandeira do Brasil. Sem querer ser piegas, acho uma das mais bonitas do mundo. A combinação de cores e o significado de seus elementos, tornam nossa bandeira especial, ocupando um lugar no coração de cada brasileiro. Quem já não se emocionou com a combinação bandeira-hino? Apesar de toda bandalheira e roubalheira que envergonham o Brasil atualmente, temos símbolos eternos. Além dos oficiais, como a bandeira e o hino nacional, temos ícones informais, como a camisa da seleção e a música Aquarela do Brasil, conhecidos e reverenciados ao redor do mundo. 


Sinal dos tempos no futebol brasileiro: Os dois melhores craques do campeonato nacional 2005 não são brasileiros. Um é o sérvio (quase carioca) Petcovick e o outro é o argentino Tevez. Há quem diga que a primeira divisão do Brasil é jogada na Europa, onde estão os medalhões que compõem a nossa seleção... O que você e eu vemos pela televisão seria a segunda, os times de Recife disputariam a terceira e o nosso bravo América de Natal jogaria a quarta divisão! Coisas de um futebol globalizado e transformado em máquina de fazer dinheiro...
Natal vem passando por várias transformações em seu cenário urbano. O eixo comercial da cidade vem mudando brutalmente com o passar do tempo. Na primeira metade do século 20, a Ribeira era o bairro mais nobre da cidade e o seu termômetro comercial. Depois veio o apogeu da Cidade Alta. De alguns anos para cá a "Cidade" vem sofrendo um dramático processo de decadência econômica. Hoje Natal possui dois grandes núcleos comerciais localizados na Zona Norte e na Zona Sul, além de dois poderosos corredores de comércio: as avenidas Prudente de Morais e Hermes da Fonseca/Salgado Filho. Um fato curioso em todo esse processo de mudança tem sido a resistência e a sobrevida impressionante do maior ícone de comércio popular da cidade de Natal: o bairro do Alecrim. Apesar do preconceito besta dos que se julgam elite e dos forasteiros que torcem o nariz, o Alecrim é um dos bairros que mais têm a cara de Natal. Porque? Simples: O Alecrim é povão, é um lugar onde faz muito calor, é onde encontramos todo tipo de artigo popular e brega. O Alecrim é espontâneo, alegre e frenético. Quer conhecer melhor esse bairro superinteressante? Sugiro que você dê uma chegadinha lá num sábado de manhã e experimente dar uma volta pela R. Amaro Barreto, passando pelo Camelódromo, chegando à Av. Coronel Estevão para terminar seu tour na famosíssma Feira do Alecrim. Você não se esquecerá jamais das imagens, sons, cheiros e sabores que mostram que há vida pulsando fora dos shoppings, praias, cartões postais e dos points artificiais criados para consumo dos turistas.



Tenho recebido alguns comentários a respeito dos posts deste blog. Abaixo segue um deles, feito por um leitor que não gostou do meu último post sobre o confronto Vasco x Flamengo, preferindo se esconder na espessa cortina do anonimato:


Com mais de 60% dos votos válidos, o NÃO prevaleceu no referendo sobre a proibição do comércio de armas e munições no Brasil, realizado neste domingo, dia 23.10. E daí? O que isso vai trazer de mudança para nossas vidas? NADA. Não, não se trata de choro de perdedor. Se o SIM tivesse ganho, nada também mudaria... Chega de brincar de votação! Custa caro e não gera resultados práticos. No próximo referendo, façam uma enquetezinha besta via internet mesmo!



Quando eu era criança o Parque das Dunas se chamava Bosque dos Namorados. Fui até lá pouquíssimas vezes em minha infância e adolescência, época que coincidiu com um período de profunda decadência daquela área. De alguns anos para cá, o Bosque foi redescoberto, renomeado, repaginado, remodelado, retocado e quantos "re" você conseguir lembrar. Já como "pai de família" passei a frequentá-lo para levar as crianças. Minha filha do meio a-d-o-r-a ir para lá. Ela segue a filosofia do me-chama-que-eu-vou. 
Prometo que essa será a última vez que postarei algo sobre esse referendo patético de domingo que vem. Há uma expressão de Milton Fridman, muito famosa entre os economistas, dizendo que "não existe almoço grátis." Na verdade, não há nada grátis nesse mundo. Pois bem, a pergunta que não quer calar é: QUEM ESTÁ BANCANDO AS CAMPANHAS DO "SIM" E DO "NÃO"? Quais os verdeiros interesses dessa gente? Ver um Brasil melhor? Claro que não! Apenas tirar vantagem financeira do resultado final, seja ele qual for. Nesse aspecto sou cético e pragmático: Não acredito que alguém invista tempo, energia e dinheiro, sem esperar um retorno financeiro. Esse negócio de dinheiro a fundo perdido é coisa para BID, Banco Mudial, BNB, BNDES, ONU, UNESCO e assemelhados. Talvez nem eles... A indústria e o comércio de armas e da segurança eletrônica moviementam muito money. Eles são os grandes interessados nessa votação. E nós? Os trouxas que vão usar o sagrado domingo para servir aos seus interesses. Desculpem amigos, agora só ocuparei este espaço com assuntos mais interessantes.
Alguns doumentários são realmente muito chatos. Este, entretanto, é muito legal. Recomendo a todos que assistam. Chama-se Super Size Me - A Dieta do Palhaço. Morgan Spurlock teve a grande idéia de filmar sua saga de se alimentar durante 30 dias exclusivamente de itens do cardápio do McDonalds. Isto significa manhã, tarde e noite comendo lá. Nem água escapou. Não há dúvidas de que o cara ficou doente, com o fígado literalmente detonado, além de ter engordado 11Kg em 1 mês! O negócio foi tão sério que Spurlock teve de se submeter a uma dieta de "desintoxicação" ao final da experiência. Se você tem estômago forte e espírito crítico afiado, assista a esse DVD e tire suas próprias conclusões. Considero esse filme um soco certeiro no american way of (fast) feeding, que tem criado uma grotesca nação de obesos. Tenho certeza que você reduzirá ou eliminará o fast food de sua dieta. Ah! sim, não deixe de ver as cenas deletadas do documentário original. Destaco a da experiência de acompanhar a decomposição dos sanduíches e fritas e o seu final surpreendente!
No calendário comemorativo nacional existe dia para praticamente tudo. Vi um dia desses que o dep. Aldo Rebelo tinha proposto um projeto que instituía o Dia do Saci. Uau! O país vai mudar se essa data virar oficial. É capaz até de ser feriado nacional em homenagem ao Saci.
Vamos ser francos: o Brasil entrou em campo contra a Bolívia hoje sem nenhuma motivação e entrosamento entre seus reservas. Isso mesmo: reservas! Sendo assim, não havia como esperar um resultado melhor do que um empate modorrento. Sinceramente aqueles caras ganham rios de euros deveriam honrar a camisa que vestem. Os locutores chapa-branca da Globo lembram pela enésima vez a altitude de 3.600m de La Paz. E daí? Qual o problema? Sou totalmente a favor. É um time de mocinhas ou de homens? Quem é vencedor prevalece, não importa o cenário. Se assim fosse, não haveria jogos diurnos no Nordeste por que faz calor ou a Noruega não sediaria jogos porque faz frio. Nada mais enganoso. Vamos parar de tapar o sol com a peneira e admitir que o que jogamos não foi suficiente para bater a Bolívia. E a altitude? Sempre esteve lá, no mesmo lugar. Pelé & Cia nunca tomaram conhecimento dela, nem muito menos da Bolívia. A equação é simples: Quando há atitude, ninguém precisa usar a altitude como desculpa (verde e) amarela!
Referendo sobre a continuidade do comércio de armas. Sem dúvida, a polêmica da hora. Argumentos múltiplos de cada lado. Justificativas para todos os gostos: das mais racionais e centradas às mais estapafúrdias e burras. Deverei votar SIM à proibição, somente porque sou cristão e incondicionalmente a favor da vida. Entretanto não sou ingênuo a ponto de achar que esse referendo ridículo vá melhorar alguma coisa para a população. Afirmo que sairei de casa no domingo revoltado com o descaso do governo federal e, sobretudo, estadual em relação à segurança dos cidadãos. Na verdade o verdadeiro referendo deveria ser: "Qual indústria você prefere ajudar a enriquecer?":
Fui à Ponta Negra hoje. Sem dúvida, um dos melhores lugares de Natal. É incrível como uma praia urbana consegue resistir (razoavelmente) limpa e linda, apesar da exploração e desfiguração que vêm sendo impostas nos últimos anos. A beleza realmente não é surpresa para quem conhece PN. O que me surpreendeu foi a feiúra de seus frequentadores! Sei que a praia é um lugar democrático, mas ô povo feio!!! Sobretudo os gringos. Esse papo de dizer que os europeus são bonitos, não passa de enganação. Bonitos somos nós, cara pálida! Parece que a Escandinávia, Portugal, Espanha e Itália resolveram exportar para Natal as figuras mais esquisitas e mal-ajambradas de seus territórios. Vixe!